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sábado, 2 de abril de 2011

Abuelita cientopiés y sus muchos zapatos.

O assassinato da curcubitácea

Lembram o bordão da Erundina do PT? Sou mulher, sou nord[és]tina... eu? "sou mulher, [mulheríssima, porque minha metade masculina é gay] sou gordinha, moro longe e... não sei de nada. Quando cheguei, a véia já estava morta.  O "não sei de nada", nada tem a ver com mensalão, ó mentes poluídas!...
Mas... brevemente não serei mais gordinha, porque estou fazendo a dieta do jerimum. É assim: você degusta, bem lentamente pra dar a sensação de saciedade, uma porção média de jerimum, a mishshtura do cardápio do dia e salada crua à vontade.

Tenho assassinado, um dia sim, um dia não, um jerimum de tamanho médio, isto é, enfio minha faca de cozinha bem afiada no bucho do bichinho e corto em duas metades. E levo ao fogo uma das metades que deverá dar para dois ou três dias de dieta. Aviso: se você comer muito jerimum e muita mishshtura, vai continuar engordando...

Para quem não sabe ou nunca foi ao Nordeste [e não sou muito boa em Botânica],  "jerimum" é um alimento do gênero, família, espécie... da moranga, abóbora etc. 

Hoje estou falando "abobrinhas", mesmo, literalmente!  E não me perguntem se aquela "abobrinha" pequena e verde, que alguns chamam de abobrinha italiana, serve para a dieta, porque eu não sei... Só sei que ela contém muito poucas calorias.

"Mishtura" é mistura com sotaque nordestino.  São as proteínas: o frango, a carne vermelha ou os frutos do mar. Um de cada vez. Mas, em se tratando de nordestino na condição de anfitrião... vixe! é fartura d+ da conta. Compareci a um almoço, numa casa de praia. Às dez horas, serviram caranguejo, às onze, churrasco de picanha. Bom... então não iam servir mais nada. Mentira! Às duas horas chamaram para o almoço e veio à mesa um caldeirão com carnes torradas [lá, carne frita é carne torrada]: carne ovina [bode - sem catinga, porque os nordestinos primam pela higiene], carne bovina, frango, + macarrão, arroz, feijão de corda, maionese de batatinha, legumes variados [inclusive a curcubitácea] e muitas outras saladas. Pensei: agora não vem mais nada mesmo. Mas... lá pelas cinco, convidaram os hóspedes para um café sertanejo, algo parecido com o café colonial que servem em Gramado. Biscoitos, pães, geléias, linguiça frita, água pura bem gelada, água de coco, suco de maracujá, de graviola, de cajá, suco de caju, café, leite, manteiga. E muitas frutas: laranja, banana, melancia... [ops! até hoje não sei se melancia é fruta ou legume, mas não vou consultar o dicionário]. E os gaúchos ainda acham que o RS tem a cozinha + farta do Brasil.

Já confessei aqui que ainda não consegui ler um livro inteiro de Proust, mas acho que sei o que é ser proussiano. É quando a gente está fazendo algo e, de repente, vêm à cabeça mil coisas para rememorar. Ai, a gente vai até a escrivaninha - no tempo dele não havia computador - e escreve, escreve, escreve, e o romance fica daquele tamanhão de À Sombra das Raparigas em Flor. Parece-me que é isso ser prussiano, porque Proust escreveu ... das Raparigas em Flor a partir da visão do fundo da xícara em que tomava o chá. Ele não lia o futuro na borra do café, mas é como se lesse, porque esse tal romance tem dado o que falar e o que escrever a respeito. (!)

Bem... estava eu enfiando a faca bem no meio da moranga [era uma cabotiá] e me pareceu que era como se estivesse esfaqueando alguém. Aí pensei numa moranga apunhalada... e desisti. Apesar de meu blog ser um amontoado de abobrinhas, tento ser inédita e Caio Fernando Abreu já havia escrito O ovo apunhalado.
Tá explicado agora o porquê do assassinato da curcubitácea? Belo tema para a produção de um texto, e belo título também! Estou sendo óbvia... não sou Proust.

E vamos às amenidades. A
encontrou esta maravilha ontem.


Preto, clássico, peep toes, meia pata e com uma fivela de brilhinhos pra você arrasar no casamento do filho da tia do cunhado daquele seu colega de faculdade. Simplesmente fantástico.

Aviso: estou comprando na net todos esses sapatos do blog. Em breve construo um galpão no terreno ao lado para acomodar os brinquedinhos da abuelita

.

Tenho ainda muitas histórias de sapatos para contar. Há aquele sapato cor de

,
aquele outro adornado com couro de

e muitos, muitos outros sapatos e histórias acerca deles.

Ah...ainda tem a história do Lalaco, do Lobo Malo, de um sapato que a vovozinha arquiduquesa comprou na http://www.arezzo.com/. Meus pezinhos de arquiduquesa só aceitam sapatos da http://www.arezzo.com/ , porque é uma das poucas grifes que não me fazem doer os pés.

Gente, estou fazendo merchandising, [Gigi também faz no facebook!], mas não estou ganhando nada com isso. Talvez até seja anti-ético, ou ilegal segundo as leis da publicidade, mas eu não poderia deixar vocês sem saber das minhas preferências e do quanto necessito de conforto para andar. Pés de arquiduquesa têm gosto refinado e exigem conforto.

Ah... tendo em vista que primo pelo ineditismo, passarei a me autodenominar arquiduquesa. Baronesa é a Vera Maria, minha amiga [e que agora decidi que é minha irmã também] desde o 2º grau. Não sei se ela está aceitando essa condição de irmâ por afinidade... Espero que ela me diga alguma coisa aqui no blog.

E por hoje, chega. Ademán.

P.S.: Vocês consultaram o wikipedia pra saber quem foi Ibrahim Sued? Não? Ô gente que não se importa com a cultura inútil. Eu me importo e é por isso que sempre tenho tanto assunto.

4 comentários:

  1. Sempre a surpreender... Um abraço! António

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  2. Abuelita, Abuelita, que cosas dices? Como ahora sos arquiduquesa y yo aún soy baronesa? Hein?! Hein?! Claro que te aceitei como irmã, pois há irmãs que nunca andaram tanto tempo juntas, nem passaram uma pela vida da outra como nós passamos. Tenho lido teu blog e te parabenizo pelo trabalho. Aos poucos estás achando, no caminho das letras, um norte para tuas esperiências de vida. É assim que se faz. Chora-se "intra muros", como bem sabes.Beijos da mana - que também curte sapatos e botas e bolsas e carteiras de mão e carteiras de bolsa, assim coimo pastas e malas - quer estas últimas tenham rodinhas ou não. Só não podem estar sem alça, que aí a coisa fica preta pra quem não curte saco de viagem.
    Abraços também. Amanhã te telefono, já que só quem dá o ar da graça sou eu.

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  3. Pronto! (como se diz no dialeto nordestino) Agora só te chamo de Maninha, a irmã da arquiduquesa.
    bjs, Maninha.

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  4. Aiiii que vontade de comer um jerimum bem quentinho,com muito feijão e arroz de leite..nhammm!! não é a toa que somos chamados de "papa-jerimum",hehehee...
    beijosssss,otima semana!!!
    ;-)

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