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quarta-feira, 2 de março de 2011

Aqui tem de tudo - Armazém de secos e molhados

Completamente sem inspiração, resolvi relembrar velhos carnavais. O carnaval está aí e temos de celebrar a alegria e a vida. É que fiz uma visita ao psiquiatra e os medicamentos me fizeram parar de chorar a grande perda de meu Popote. Próximo dia 11 faz 4 meses que estamos sem ele aqui no plano terrestre. E não vou chorar mais essa ausência porque, de acordo com minhas convicçoes filosóficas e religiosas, minha dor só atrapalharia a evolução dele lá na esfera onde se encontra agora. Desejo a ele o bem-estar e a saúde de que esteve privado por tanto tempo e que seja muito feliz, com muita luz em seu caminho e muitas oportunidades de evoluir espiritualmente.

Falando em carnaval e em relembranças, me veio a mente um carnaval em que eu estava brigada com meu namorado - o único namorado que tive na vida e que ficou comigo por 44 anos, 72 dias e 6 horas. É facil fazer a conta porque nos conhecemos num dia 30 de junho.
Bem... estávamos brigados e eu resolvi cair na folia. Fiz uma fantasia de charleston (verde), com franjinhas e tudo, e um belo arranjo de penas no cabelo. Completava o look carnavalesco, um sapato rasteirinho de lamê dourado - rasteirinho para poder foliar à vontade.
No dia do baile a que eu ia, coloquei toda a parafernália carnavalesca em cima da cama.
E eis que, lá pelas quatro da tarde, alguém entrou esbaforido em casa dizendo que minha futura  sogra estava chegando - a diaba da véia foi lá em casa conferir onde eu estava.
Gente! foi só o tempo de arrebanhar as quatro pontas da colcha da cama, fazer uma trouxa com o aparato canavalesco e jogar tudo embaixo da cama. Eu não desejava que ele soubesse que eu ia cair na folia sem ele - a gente se amava muito e tivéramos uma rusga por qualquer coisa tola.
A véia foi embora, juntei a trouxa de sob a cama, esperei a hora chegar e... caí na folia.


Não vou cair na folia este ano de 2011 porque a bruxa não está com o coração preparado ainda, mas devo celebrar a vida porque o Velho lá de cima não decidiu ainda me levar e tenho um montão de gente que me ama e que precisa de mim.

Relembremos, então, velhos carnavais.
                         
http://www.youtube.com/watch?v=jHspzqxoSYU




3 comentários:

  1. Adorei,tu és muito hilária Nika,a forma como descreves essas situações parecem ser cômicas,mas sei que no momento que tu passastes por ela,deve ter sido muito angustiante...quando amamos,e nos sentimos desafiadas,tentamos fazer qualquer coisa que nos faça esquecer o incidente...mas o coração sempre fala mais alto,tanto que essa briguinha durou 44 anos,72 dois dias e 6 hrs!Agora quanto a esperares a sogra sair para caires na folia,foi o máximo,adorei!Dia 11 vai fazer 5 meses que o teu POPOTE e o meu CABEÇÃO partiu para outros pagos,não nos damos conta que o tempo está voando...bjsbjs

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  2. Eu já ia corrigir tb...
    O tempo está voando, é verdade!!!
    E meu carnaval será... será... será... TRABALHANDO!
    E não acho ruim. Agradeço a Deus por ter um emprego!

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  3. Li atentamente teu artigo e destaquei "E não vou chorar mais essa ausência porque, de acordo com minhas convicçoes filosóficas e religiosas, minha dor só atrapalharia a evolução dele..." e não é que assim deve ser. Xi coração do António

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