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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Abuelita cientopiés y sus muchos zapatos.

Estou na Argentina agora.
E saí do Brasil já "pagando mico" e armando confusão.
Quando minha bolsa passou no raio-x... disseram que havia um objeto proibido dentro dela.
Devolveram-me a bolsa e tirei tudo o que havia dentro: canetas, maquiagem, agenda, notebook e tantas coisas mais que encheram duas ou três bandeijas.

Que mico!
Ainda bem que não havia calcinhas comestíveis, preservativos femininos etc., etc, etc. Estava viajando sem o kit CORRE PRO MOTEL.
Obs.: O kit CORRE PRO MOTEL não é meu. É do meu chefe que, quando necessita, liga para o escritório a dizer onde se encontra e o office boy se encarrega de entregar a encomenda.
Meu chefe jamais carrega consigo o tal kit para que sua mulher não saiba.

Voltemos ao caso da bolsa e seu desconhecido objeto.
Bolsa vai ao raio-x e... a coisa misteriosa continua dando sinal de sua existência em algum lugar.
Bolsa vem e o moço do controle já não me deixa nem tocá-la. Procura, procura e encontra uma pastilha Halls.
Bolsa vai ao raio-x e a "coisa" continua lá.

A estas alturas já estou pensando o que vou dizer à PF. Mas nada teria a dizer porque não carregava nada perigoso.
Bolsa volta às mãos do moço e não devo nem chegar perto. O moço procura, procura, vira a bolsa do avesso e encontra: um canivete de aço que eu havia posto na "mardita", havia muito tempo, com a finalidade de descascar uma fruta ou coisa parecida. Eu andava às voltas com visitas ao hospital e não fazia as refeições em casa.

Que mico!
Bolsa foi e voltou inúmeres vezes e a moça do raio-x insistindo que havia algo - talvez muito perigoso? - lá dentro.
A essas alturas, eu já estava quase desistindo de viajar. O homem do detector de metais aproximou-se, o aeroporto inteiro me encarava e eu... com cara de pastel e uma tantas badeijas a minha frente com todos os meus pertences da bolsa.

Eu não estava de burca. Não usava lenço à moda islâmica. Não tenho sotaque árabe. Não sei bailar a dança do ventre. Não estava indo para os EE.UU. E um diabo de canivetinho, sob a forma de algo muito suspeito, aparece no raio-x!
Puracagadaemcincoatos!...
Um simples canivetinho, um objeto de estimação, pois havia pertencido a meu pai.

Perguntaram-me o que deviam fazer com o canivete - seguir os trâmites legais, talvez - mas não quis nem saber. Fiz um  movimento com a mão direita que queria dizer "deixa pra lá" e me fui pra sala de embarque.
Mas quando a confusão começou, pensei: FODEU!, apesar de nem saber que diabo de coisa havia em minha bolsa e que estaria me impedindo de viajar.
Bueno... estou curtindo muito a Argentina, apesar de ter passado por "mulher bomba" ou outra coisa qualquer.

Um comentário:

  1. Deixa-te de desculpas banais, pois o que tu querias mesmo era publicitar o teu blog "abuelita peligrosa"...
    Xi coração do António

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